Keikogi ou keikogui (稽古着 ou 稽古衣) é uma palavra japonesa que significa uniforme de treinamento (keiko = treinamento, prática; gi = roupa). No Brasil erroneamente o keikogui é chamado de kimono (roupa comum , coisa de vestir) ou "gi". No último caso, essa substituição é errada porque "gi" não apresenta o mesmo significado. Uma substituição correta seria "Dogi" que significa "o uniforme usado no caminho que você escolheu" pois se você colocar o nome do esporte no lugar de "do", você obtém exatamente o significado de dogi (aikidogi, judogi, karategi, etc).
O aikidogui é normalmente branco, com tecido variável conforme o sistema e o clima. É basicamente formado por Owagi/Wagi ( casaco), Shitabaki ou Zubon(calças), obi ( faixa) e zori (sandálias) . As zori foram incluídas devido serem imprescindíveis na preservação da higiene, pois não se deve pisar no tatame com os pés sujos. Alguns praticantes, normalmente faixa preta utilizam também o hakama, o qual abordaremos na segunda parte deste texto.
Após vestir a calça e o casaco, é a vez do obi. Existem várias formas de amarrar o obi ( faixa). A forma que descrevemos é a considerada mais adequada para dar uma boa firmeza na coluna vertebral.
Findo o treino, o dogi deve ser dobrado adequadamente. Após lavado, deve ser dobrado da forma correta, pois isso aumenta sua conservação.
A origem
Sabe-se que o keikogui como hoje o conhecemos foi introduzido por Jigoro Kano, fundador do judo. Não há uma única vertente sobre como chegou ao keikogi. A opinião mais aceita é que antigamente se treinava utilizando a roupa de baixo.
O guerreiro (bushi) começava vestindo a tazuna ou fundoshi (tanga, roupa de baixo propriamente dita), de preferência de linho branco ou algodão. Depois utilizavam um colete funcional, o hadagi (os mais abastados usavam diversos robes);
Depois era colocado o "shitagi" (casaco) que lembrava o kimono do dia-a-dia, preso à cintura pela obi (faixa), que era enrolada duas vezes em volta do corpo e amarrada na parte da frente, sendo que alguns a preferiam amarrada nas costas. Este último método não era recomendado pela maioria dos veteranos, porque era difícil amarrar a obi sob a armadura, se ela se afrouxasse no campo de batalha.
Por cima, o bushi de patente de atendente do marechal, "kyushu" ou "kosho", vestia uma calça cerimonial típica (hakamá). A maioria dos bushi vestia um par de "hakamá" similar, mas um pouco menor e mais curta, chamada de "Kobakama".
Os guerreiros de classe mais baixa vestiam uma versão menor delas, chamada de "matabiki", geralmente enfiada por debaixo da camisa.
Essa teoria pode ser confirmada em antigos desenhos e fotos de prática do judo, como esta do grande campeão de judo e introdutor do judo no Brasil, Mitsuo Maeda.
Sabe-se que o keikogui como hoje o conhecemos foi introduzido por Jigoro Kano, fundador do judo. Não há uma única vertente sobre como chegou ao keikogi. A opinião mais aceita é que antigamente se treinava utilizando a roupa de baixo.
O guerreiro (bushi) começava vestindo a tazuna ou fundoshi (tanga, roupa de baixo propriamente dita), de preferência de linho branco ou algodão. Depois utilizavam um colete funcional, o hadagi (os mais abastados usavam diversos robes);
Depois era colocado o "shitagi" (casaco) que lembrava o kimono do dia-a-dia, preso à cintura pela obi (faixa), que era enrolada duas vezes em volta do corpo e amarrada na parte da frente, sendo que alguns a preferiam amarrada nas costas. Este último método não era recomendado pela maioria dos veteranos, porque era difícil amarrar a obi sob a armadura, se ela se afrouxasse no campo de batalha.
Por cima, o bushi de patente de atendente do marechal, "kyushu" ou "kosho", vestia uma calça cerimonial típica (hakamá). A maioria dos bushi vestia um par de "hakamá" similar, mas um pouco menor e mais curta, chamada de "Kobakama".
Os guerreiros de classe mais baixa vestiam uma versão menor delas, chamada de "matabiki", geralmente enfiada por debaixo da camisa.
Essa teoria pode ser confirmada em antigos desenhos e fotos de prática do judo, como esta do grande campeão de judo e introdutor do judo no Brasil, Mitsuo Maeda.
A cor branca no Japão é a cor do luto. Normalmente a roupa de baixo dos samurais era de cor branca simbolizando que o bushi estava pronto para morrer a qualquer hora. Talvez aí esteja a explicação para a cor branca dos primeiros keikogis.
Por ser realmente mais prática, a ideia de Jigoro Kano foi gradativamente aceita por outras modalidades japonesas como o karatê, o aikido e o ju-jutsu. Hoje os uniformes se distanciaram um pouco da forma original, se adequando mais as realidades de cada prática.
Manoel Felipe M de Albuquerque Aspirante a blogueiro, é instrutor de Aikido e Goshin Jitsu |
Imagens: divulgação
0 comentários:
Postar um comentário