sábado, 7 de janeiro de 2017

KUNOICHI :A MULHER NINJA ( 2a parte)

A Shidoshi Simone Mogami
Apresentamos a segunda parte do texto sobre as Kunoichi (mulheres ninja). Conforme explicado na primeira parte do texto, o mesmo foi publicado originalmente  no site Sho Kumo Ryu Ninjutsu e foi escrito por Simone Mogami.  A Shidoshi Mogani é atualmente 2º dan em Ninjitsu  Sho Kumo Ryu e 1º Dan em Karate Shotokan. Teve também vivências em Aikido, Judo e Brazilian Jiu Jitsu. A Shidoshi Mogami teve também treinamento tradicional em Kunoichi Jitsu, estudando com o Shidoshi Rodrigo Müller e autora do livro KUNOICHI-A MULHER NINJA  (2011, Editora A3). 

Esta segunda parte mostra como e feito o treinamento da kunoichi.  As imagens foram incluídas apenas para fins de divulgação. Boa leitura!



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MULHERES NOS TREINOS


Dardos e armas curtas eram muito usadas pelas kunoichi
Da mesma forma que em diversas Artes Marciais, no Ninjutsu as mulheres treinam em horários mistos. Contudo, nas Arts Marciais de Desporto, quando em competição, restringem tanto as mulheres quantos os homens aos combates levando em conta o gênero,  idade e  estatura, de forma a manter a competição justa e equivalente a composição física. Essas medidas são adotadas para determinar o (a) competidor(a) com melhor técnica e preparo físico. Entretanto numa situação de agressão, defesa pessoal ou de guerra, tais regras simplesmente não existem e os combates físicos ocorrem entre estaturas, sexos e preparos desiguais, sendo situações essencialmente de sobrevivência.

Historicamente a maioria das Artes Marciais forma concebidas pelos homens para homens em guerra. Entretanto, com o passar do tempo ou da necessidade, as mulheres se inseriram também nesse meio. Durante o processo histórico de diversas nações, é comum encontrar nomes de mulheres que lutavam em guerras e algumas que sobressaíram como guerreiras. Ainda assim, como as técnicas concebidas foram feitas pelos homens, elas estão vinculadas ao tipo físico e características masculinas, sendo que dessa forma, as mulheres que se dispunham a aprender tais técnicas de combate terminavam por tentar se adaptar para conseguir executa-las com eficiência, ou seja, as técnicas serviam para qualquer um dos sexos, contudo nada tinham a ver com a natureza psicológica a e física das mulheres.

Randa Richards executando uma técnica
O Ninjutsu, como prática de guerra, ao invés de permitir que as mulheres aprendessem e se adaptassem às técnicas e especializações comuns aos homens, também conseguiu enxergar as vantagens que as características femininas dariam a uma ação ou missão. Dessa forma, surgiu uma especialização no Ninjutsu aplicado pelas mulheres, o Kunoichi Jitsu, e, este, passou a incluir as vantagens femininas ao combate, não igualando-as com os homens, mas somando à força dos mesmos, tendo-as como um diferencial para o êxito durante uma ação de guerra. 

Assim, o Ninjutsu além de manter os treinos mistos, adiciona ao treinamento das mulheres não só o ciclo fundamental de técnicas armadas e desarmadas, mas também o Kunoichi Jutsu, sendo este um diferencial perante a natureza das Artes Marciais Fomentadas hoje em dia.

No Sho Kumo Ryu NInjutsu não se faz diferente. O ciclo fundamental de técnicas armadas e desarmadas (Mukuroku) perfazem cerca de 10 anos de aprendizagem, incluindo treino físico, psicológico e filosófico. Nesse Mokuroku as mulheres treinam da mesma forma que os homens, os mesmos exercícios e especializações, sem distinção.

Quando atingem o desenvolvimento e amadurecimento marcial necessário, adiciona-se ao ciclo básico Kunoichi Mokuroku iniciando no diferente trabalho de exercícios físicos, aprendizado do Geijutsu (Artes Classicas) como a Cerimônia do Chá, Odori e o Ikebana, até especializações mais avançadas.




REFERÊNCIAS E IMAGENS

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