No final da década de 80, o professor Wagner Bull foi procurado por um alagoano maduro, de pequena estatura, constituição robusta, grande simpatia e vasta experiência como lutador de luta livre (nome como era conhecido o MMA naquela época). Seu nome: Carlos Humberto Barboza Gomes. Seu desejo: praticar aikido em Alagoas. Detalhe: não havia nenhum dojo no nordeste.
Graças ao fato de ser um dos poucos alagoanos a manifestar o desejo pela arte naquela época, seu aprendizado no aikido se deu quase por correspondência e autodidatismo, aprendendo as técnicas por vídeos e aplicação prática. Formando um grupo de interessados, convidava com regularidade o professor Bull a se hospedar em sua casa em Maceió/AL e aproveitava tudo o que era ensinado.
Com a responsabilidade de guiar o grupo, filmava as aulas normalmente e as enviava ao sensei Wagner, a fim de corrigir as falhas eventuais. Segundo o Shihan Bull¹ o professor Carlos Humberto “foi, até hoje, a única pessoa a se graduar 1º dan pelo Instituto Takemussu mesmo fazendo as técnicas bem diferentes do padrão do instituto.” A exceção se deu porque o shiham Bull percebeu que o aikido do sensei Carlos era espontâneo, valoroso e eficiente. Além disso, mostrava maturidade e lealdade: toda a 1ª geração, de instrutores de aikido em Alagoas, como Paulus Tertius Omena (nosso dojo-cho), Cícero Vergetti e Fernando Coutinho tiveram – direta ou indiretamente – o primeiro contato com o aikido através dele:
• Sensei Paulus Tertius foi seu aluno direto;
• Sensei Cícero Vergetti foi aluno de um primo de sensei Paulus (Marcos) que tinha aulas com sensei Carlos;
• Sensei Fernando Coutinho foi inicialmente aluno de sensei Paulus.
O Dokuritsu
O aikido Dokuritsu é peculiar. Como seu próprio nome diz, não é filiado a nenhuma organização. Tampouco é ensinado numa academia ou dojo formal. Na verdade é mais uma fraternidade onde o aikido é treinado de forma suave, porém extremamente eficiente. Fruto da experiência do mestre Carlos Humberto como lutador de ringues (invicto em mais de 20 lutas); de suas pesquisas sobre aikido, aikijutsu e ioga, o Dokuritsu objetiva a lapidação do corpo e da mente do ser humano.
Com conhecimento de causa, sensei Carlos explica que o praticante deve ter a noção de que princípios clássicos (ikkyo, nikyu, sankyu, etc) devem ser aprendidos e bem fixados (afinal são a base das técnicas), mas não são as técnicas. E que os casos em que os praticantes de aikido – mesmo de altas graduações - não conseguem se defender adequadamente de agressões na rua é porque erroneamente ficaram presos aos princípios, quando deveriam ter utilizado as técnicas. Assim, no início do treinamento é ensinada uma coisa e no fim outra. As técnicas são em pequeno número e caracterizam-se por serem curtas e diretas, valorizando muito mais o conteúdo do que a forma. O uso de atemis é bem enfatizado, principalmente nos graus superiores.
Sensei Carlos gosta de gracejar ao explicar as técnicas do Aikido Dokuritsu: “é tão fácil que até eu faço!”
O braço "indobrável" |
Com a responsabilidade de guiar o grupo, filmava as aulas normalmente e as enviava ao sensei Wagner, a fim de corrigir as falhas eventuais. Segundo o Shihan Bull¹ o professor Carlos Humberto “foi, até hoje, a única pessoa a se graduar 1º dan pelo Instituto Takemussu mesmo fazendo as técnicas bem diferentes do padrão do instituto.” A exceção se deu porque o shiham Bull percebeu que o aikido do sensei Carlos era espontâneo, valoroso e eficiente. Além disso, mostrava maturidade e lealdade: toda a 1ª geração, de instrutores de aikido em Alagoas, como Paulus Tertius Omena (nosso dojo-cho), Cícero Vergetti e Fernando Coutinho tiveram – direta ou indiretamente – o primeiro contato com o aikido através dele:
• Sensei Paulus Tertius foi seu aluno direto;
• Sensei Cícero Vergetti foi aluno de um primo de sensei Paulus (Marcos) que tinha aulas com sensei Carlos;
• Sensei Fernando Coutinho foi inicialmente aluno de sensei Paulus.
O Dokuritsu
O aikido Dokuritsu é peculiar. Como seu próprio nome diz, não é filiado a nenhuma organização. Tampouco é ensinado numa academia ou dojo formal. Na verdade é mais uma fraternidade onde o aikido é treinado de forma suave, porém extremamente eficiente. Fruto da experiência do mestre Carlos Humberto como lutador de ringues (invicto em mais de 20 lutas); de suas pesquisas sobre aikido, aikijutsu e ioga, o Dokuritsu objetiva a lapidação do corpo e da mente do ser humano.
Com conhecimento de causa, sensei Carlos explica que o praticante deve ter a noção de que princípios clássicos (ikkyo, nikyu, sankyu, etc) devem ser aprendidos e bem fixados (afinal são a base das técnicas), mas não são as técnicas. E que os casos em que os praticantes de aikido – mesmo de altas graduações - não conseguem se defender adequadamente de agressões na rua é porque erroneamente ficaram presos aos princípios, quando deveriam ter utilizado as técnicas. Assim, no início do treinamento é ensinada uma coisa e no fim outra. As técnicas são em pequeno número e caracterizam-se por serem curtas e diretas, valorizando muito mais o conteúdo do que a forma. O uso de atemis é bem enfatizado, principalmente nos graus superiores.
Sensei Carlos gosta de gracejar ao explicar as técnicas do Aikido Dokuritsu: “é tão fácil que até eu faço!”
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