Em uma época de crises (pessoais, profissionais e econômicas), é comum as pessoas perderem a confiança em si próprias e nos outros. Essa falta de confiança nos torna muitas vezes levianos em nossos pronunciamentos, podendo fazer com que os outros não acreditem mais em nós mesmos. É o chamado círculo vicioso.
As pessoas que não sabem enfrentar estas crises, mesmo que freqüentem uma boa universidade, dificilmente terão sucesso na vida se não possuírem estrutura e equilíbrio suficientes para enfrentarem situações difíceis.
Em seu livro – Aikido – Técnicas básicas – o mestre Reishin Kawai fala que, quando tinha um consultório em São Paulo, conheceu um ex-presidente de uma empresa,
que, tendo ido a falência, não hesitou em começar tudo novamente, inclusive lavando automóveis. Ora, pessoas com essa força de espírito (KI) logo subirão na vida e atingirão posições de destaque dentro da sociedade.
Alguns praticantes de aikido, por diversos motivos (pouco tempo livre, finanças, comparações do tipo” fulano está evoluindo muito melhor que eu”, relacionamentos, etc) tendem a parar com a prática. Será que é necessário? Lembrem-se: aikido não é competição, você não está competindo para ver quem executa determinada técnica de forma melhor. Está sim treinando para se tornar uma pessoa melhor, um cidadão mais consciente, um pai mais compreensivo, um filho mais atencioso. Seu único compromisso é com você.
Algumas vezes nos perguntamos, como é possível? Lembrem-se que literalmente dojo (local de prática) quer dizer “Local de Iluminação”. Um dojo é um cosmo em miniatura, onde entramos em contato com nós mesmos – com nossos medos, reações e hábitos. É uma arena de conflitos, onde enfrentamos um imponente que não é um adversário, mas um parceiro empenhado em nos ajudar a compreender a nós mesmos de forma mais ampla. No dojo podemos aprender em pouco tempo sobre a forma como reagimos a situações no nosso cotidiano. Ou seja, prendemos a evitar erros em nossas vidas. Aí é que está o verdadeiro poder.
Felipe
Imagens: divulgação
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