A makhila |
"Makhila" (às vezes grafada makila) no Euskara (Língua Basca) literalmente pode significar "vara", "bastão de caminhada, "bengala" ou maça. A primeira vez que ouvi falar dessa arma foi lendo um livro fantástico chamado SHIBUMI. Nele, um dos heróis é do País Basco e empunha uma makhila. Demorou muito até eu ter a oportunidade de escrever sobre ela.
Chamar a makhila de simples bengala é desmerece-la. Além de ajudar a se locomover nas montanhas, é um símbolo da cultura basca, sendo usadas inclusive em danças folclóricas. Também são dadas a alguém em homenagem por seus préstimos ou feitos heróicos. Nesses casos as parte metálicas da makhila são entalhadas em em ouro ou prata e normalmente tem um comprimento padrão de 1,20 m.
Tão boa é a makhila que seu design permaneceu inalterado por séculos. Seu comprimento varia conforme a altura do indivíduo, indo desde a altura dos quadris até a altura do osso esterno, ou seja de um metro a um metro de quarenta. No fundo é muitas vezes parafusado uma virola de metal (espiga sem corte para facilitar a tração). A alça também é frequentemente coberta de couro metálico ou tecido para formar um punho, com um cordão preso ao fundo desta pega. O bastão é tapado com um botão achatado, chamado pomo), que pode ser feito de chifre, aço ou bronze. A parte superior que consiste no botão e no punho da mão pode ser puxada para fora da parte superior da vareta, revelando uma lâmina oculta, o que efetivamente transforma o cajado numa lança curta.
Esta lança transforma a makhila de uma excepcional ferramenta para os pastores e montanheses numa arma formidável para a defesa pessoal contra ladrões e predadores ferozes como lobos . A arma pode ser movimentada pela alça para ataques rápidos, ligeiros ou usado da maneira oposta para atacar com o pomo. Como último recurso, o cabo pode ser retirado de forma extremamente prática e a lança mortal é revelada.
Como a makhila é feita
Quando se remove o cabo, a Makhila revela uma lança extremamente eficiente |
Referencias
0 comentários:
Postar um comentário