domingo, 12 de janeiro de 2014

O Arco e a Flecha

"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo"
(Nelson Mandella)

 

 O Arco e a Flecha

(Conto antigo do Japão)





Um senhor feudal está certo dia a passear na floresta com um mestre de kyudo (arte marcial japonesa de tiro com arco). Um pássaro sobrevoa-os, o mestre, com uma velocidade de um relâmpago, coloca uma flecha no arco, retesa-o, dispara-o sem olhar para o pássaro e este cai morto, trespassado pela flecha.
O senhor feudal fica maravilhado com o domínio da técnica do mestre e pede-lhe que o ensine.
O mestre responde-lhe:
- Não passo de um principiante, não posso ser professor de ninguém. Volta daqui a 10 anos, talvez nessa altura eu possa ser teu professor.



Monet
Impressionismo: O artista sai do atelier. Capta o instante fugaz que não se voltará a repetir.


 10 anos se passaram e o senhor feudal foi de novo ter com o mestre. Enquanto se passeavam pela floresta um pássaro sobrevoou-os. O mestre pegou no arco, retesou-o, desta vez sem flecha, e sem olhar para o pássaro, libertou a corda do arco e o pássaro caiu morto aos seus pés. O senhor feudal ficou sem palavras para descrever o que tinha acabado de testemunhar.
- Mestre, peço-lhe humildemente que me ensine a técnica do arco e da flecha.
- Não. Não. Continuo a ser um simples principiante. Volta daqui a 10 anos, talvez nessa altura eu já esteja preparado.



Rothko
Cromatismo ou campos-de-cor: A figuração não é valorizada.
O importante é como se misturam as cores de forma harmoniosa.


Outros 10 anos de passaram. Mestre e senhor feudal estavam já muito velhos, mas este último não se tinha esquecido da promessa do mestre. Certo dia encontra-o, por acaso, na cidade.
- Mestre, que domínio de técnica o mestre atingiu com o passar dos anos? Que maravilhas consegue fazer com o arco e com a flecha?
O velho mestre olhou para ele com uma expressão de confusão e perguntou:
- O que é um arco? O que é uma flecha?



Malevitch
Suprematismo: O objectivo é atingir a expressão da pureza máxima.
Pureza da cor, da forma, da expressão mística.

Este texto foi retirado do blog português O Caminho da Harmonia.  Optamos por preservar também as imagens

3 comentários:

Outsiders disse...

Qual a origem do arco e flecha?
O Arco e flecha é uma das mais antigas artes da humanidade. Esta história não só o levará por uma jornada na evolução do arco e flecha, mas também pela história de gênero humano; realmente ambos são muito unidos.
Evidências da utilização do arco e flecha provavelmente datam para a Idade de Pedra (ao redor 20.000 AC), os povos mais cedo conhecidos por terem usado o arco e a flecha, seja as egípcias antigas que adotaram pelo menos 5000 anos atrás isto para propósitos de caça e guerra. Arcos antigos foram achados ao longo do mundo, até mesmo na Austrália onde tinha sido pensado previamente que o arco não tinha sido usado.
Em 1200 AC, o Hititas usavam o arco de luz, carruagens rápidas que os permitiram a se tornar os oponentes em alvos fáceis nas batalhas Orientais Medianas.Seus oponentes, os assírios usavam o arco e flecha extensivamente. Eles construíram arcos de vários tipos diferentes de material: tendão, chifre e madeira. Eles também deram ao arco uma nova forma recurvada, que era mais poderosa e como era menor, foi dirigido mais facilmente a cavalo por um arqueiro.
Na China, datas de arco e flecha atrás para a dinastia de Shang (1766-1027 AC). Uma carruagem de guerra daquele tempo levava um time de três - homens: o condutor, um lanceiro, e o arqueiro. Durante as dinastias de Zhou e Chou (1027-256 AC), nobres em tribunal assistiram torneios de arco e flecha desportivos que eram acompanhados através de música e foram entremeados com saudações elegantes.
Arco e flecha civil chinês, foi apresentado para o Japão no 6º século, e teve uma grande influência anulando em mais recente etiqueta e técnicas. No Japão, onde no culto das artes marciais eram originalmente conhecidas como kyujutsu (a arte do arco), agora conhecido como kyudo (caminho do arco).
O Kyudo de hoje continua sendo ensinado da maneira tradicionalmente prescrita. Depois de certos movimentos rituais, o arqueiro avança com passos deliberados à linha de tiro e atira a um objetivo 36 cm em diâmetro começado um banco de areia em, sob o qual é apoiado o aparo, e sobre este um telhado,(como um pequeno templo) ao longo de 28 metros. O arco tem 2.21 m., de comprimento, e é feito de tiras laminadas de bambu e madeira.
No período Greco-romano, o arco era mais usado para façanhas pessoais ou em caçadas, em lugar de guerra. Frequentemente são vistos os arqueiros em cerâmica naquele momento. Os gregos e os romanos aprenderam a ser arqueiros. É dito por isto que os romanos não foram arqueiros muito hábeis; pois até o quinto século os arcos deles foi atirado puxando o fio para o tórax, em vez de uma puxada mais longa junto à face que dá muito precisão e potência de tiro. Seus oponentes tiveram freqüentemente habilidades melhores. Os Mongóis por exemplo, exímios cavaleiros, desenvolveram a habilidade de atirar sobre a sela do cavalo e poderiam atirar para todos os lados com grande facilidade e perícia.

A superioridade oriental mediana em equipamento de arco e flecha, foi conquistada graças a técnica continuada durante séculos. Com arcos como esses dos Assírios e Partisans, Attila o Huno e seus Mongóis conquistaram muito de Europa e Ásia, e os arqueiros turcos atrasaram os Cruzados.
É refletida a popularidade de arco e flecha nas muitas baladas e folclores, como por exemplo Robin Hood, nome mais famoso. Na mitologia grega, referência é feita freqüentemente aos arqueiros. Honras na literatura inglesa ao longbow; por vitórias famosas nas batalhas de Crecy, Agincourt e Poitiers.
A primeira competição organizada conhecida em arco e flecha aconteceu a Finsbury, Inglaterra em 1583 e incluiu 3000 participantes! Até que na Guerra de 30 Anos (1618-1648), estava claro que o arco como arma pertenceu ao passado, devido à introdução do fogo de artilharia.
Uma nova incursão do arco e flecha militarmente desde então, fora usada apenas como acessória, (Vietnã) a partir daí, o arco e flecha desenvolveu-se como um esporte recreativo de grande prática e cultura mundial.

Foram usados pelos índios e europeus (a.C) antes da descoberta da América

Outsiders disse...

Qual é o nome da arte marcial com arco e flecha?
Diversos nomes. O ocidental é '''Tiro com arco''. No Japão é o Kyujutsu (arte do arco) para as escolas tradicionais e o Kyudo (caminho do arco) para as modernas. Até onde sei, não existem mais escolas de arco e flecha no Kung Fu fora da China. Esses são apenas alguns exemplos.

Quais países praticam arco e flecha?
Os japoneses desenvolveram o arco-e-flecha em duas formas, Kyudo e Yabusame. Mais como um modo de vida por meio da prática do arco-e-flecha, essas formas de artes marciais são ainda muito populares atualmente. Um dos livros mais conhecidos do Zen Budismo, "Zen and the Art of Archery" foi escrito nos anos 1930 por Eugen Herrigel, descrevendo suas experiências com o Kyudo.

No Kung Fu aprende-se o manuseio de arco e flecha?
Gente, Kung Fú tem mais de mil estilos e com certeza deve ter um estilo que use arco e flecha. Talvez os estilos mais antigos.

Manoel Felipe M de Albuquerque disse...

Prezado Daylight End. Talvez seu comentario fosse mais adequado nos artigos de Yabusame(https://makaracaju.blogspot.com/2014/12/yabusame.html) e kyudo (https://makaracaju.blogspot.com/2012/09/kyudo-o-caminho-do-arco.html)

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