Certa vez, um Mestre mandou que chamassem determinado discípulo, que se encontrava recluso em sua cabana, nos arredores de um mosteiro Zen. Este discípulo já estava com esse Mestre há anos, treinando sob sua direcção. Como o Mestre tinha muitos discípulos, era difícil de se conseguir uma entrevista particular com ele. O discípulo achou inusitado o fato do Mestre estar chamando-o para uma conversa. Começou a ficar excitado, pensando: “o que será que o Mestre deseja de mim?”, “será que ele vai me perguntar alguma coisa sobre o Dharma, para me testar?”, “será que ele deseja me atribuir algum cargo ou tarefa?”. Com a mente repleta de pensamentos, pôs-se o monge a andar. Como estava chovendo, levou seu guarda-chuva.
Ao chegar à casa do Mestre, ele fechou o guarda-chuva, colocou-o a um canto. Pôs suas sandálias molhadas do lado do guarda-chuva. Na frente do Mestre, fez as mesuras que mandam a etiqueta monástica e sentou-se. O Mestre então foi logo perguntando:
- Quando você entrou aqui, de que lado do guarda-chuva você deixou suas sandálias?
O monge discípulo não conseguiu se lembrar com certeza. O Mestre então declarou:
- Volte para sua cabana e medite!
Desta maneira, o Mestre quis dizer que não podemos separar a nossa vida diária do ato de atenção com que devemos fazer todas as coisas…
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Nota: Conta-se que certa vez, o mestre Morihei Ueshiba foi procurado por um homem que se apresentou como um artista marcial. Ueshiba então perguntou a ele quantos passos ele hava dado do portao da entrada ate chegar ao exato local aonde se encontrava. Perplexo, o homem disse que não sabia e O-sensei lhe questionou: "Que tipo de artista marcial é você que não sabe exatamente aonde está?"
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